segunda-feira, 31 de maio de 2010

Relação entre Tecnologia, Escola e Aprendizagem

Utilizei este vídeo, para vos mostrar os benefícios de um quadro interactivo. É uma ferramenta que pode ajudar os professores a criar espaços de aprendizagem entusiasmantes e cativar crianças e jovens de todas as idades e capacidades. Um quadro interactivo é uma superfície que pode reconhecer a escrita electronicamente e que necessita de um computador para funcionar. Alguns quadros interactivos permitem também a interacção com um imagem de computador projectada. Pode ser utilizado de forma similar a um vulgar quadro de lousa. Contudo, permite aos professores desenvolver as suas aulas utilizando uma variedade de conteúdos multimédia, incluindo imagens, apresentações, filmes, Internet e sons.

Criando assim grande motivação nos alunos.

O Fórum destina-se a debater a utilização dos quadros interactivos na sala de aula tendo como partida o projecto de investigação realizado pela equipa SMART@escolas.

Tecnologia “ uma mar de possibilidades”

Este vídeo reflecte a importância  do papel dos objectos tecnológicos no processo de aprendizagem dos jovens em idade escolar.  O uso do computador é um meio de informação e difusão bem como uma ferramenta de trabalho. Apesar de os jovens estarem saturados de objectos tecnológicos — TV, vídeo, DVD, telemóvel, consolas, entre outros —, a escola portuguesa, sobretudo ao nível do Ensino Básico, continua por um lado a ignorar alguns e, por outro, a ter dificuldade em incorporar outros no contexto de sala de aula como meio de aprendizagem que pode promover condições de “sucesso”. Pretendo mostrar como é importante o uso das tecnologias em contexto de sala de aula.

Nas TIC, os jovens orientam as suas tarefas de forma experimental — por tentativa e erro.

Autismo

O autismo é mais conhecido como um problema que se manifesta por um afastamento da criança ou adulto do seu mundo exterior encontrando-se centrado em si mesmo ou seja perturbações das relações afectivas com o meio.

A maioria das crianças não fala e, quando falam, é comum a ecolalia (repetição de sons ou palavras), inversão pronominal etc..

O comportamento delas é constituído por actos repetitivos e estereotipados; não suportam mudanças de ambiente e preferem um contexto inanimado.

O termo autismo refere-se às características de isolamento e auto-concentração das crianças.

O autista possui uma incapacidade inata para estabelecer relações afectivas, bem como para responder aos estímulos do meio.

É universalmente reconhecida a grande dificuldade que os autistas têm em relação à expressão das emoções.

Características comuns do autista:

  • Tem dificuldade em estabelecer contacto com os olhos,
  • Parece surdo, apesar de não o ser,
  • Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente ela é completamente interrompida.
  • Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros,
  • Por vezes ataca e fere outras pessoas mesmo que não existam motivos para isso,
  • Costuma estar inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas,
  • Não explora o ambiente e as novidades e costuma restringir-se e fixar-se em poucas coisas,
  • Apresenta certos gestos repetitivos e imotivados como balançar as mãos ou balançar-se,
  • Cheira, morde ou lambe os brinquedos e ou roupas,
  • Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente.

Bebe Super Inteligente

Aqui venho mostra-vos um vídeo que me mandaram sobre um criança de 17 meses que desenvolveu o abecedário  através de gestos.

Fantástico...

Como “Utilizar” a Tecnologia

Após frequentar a disciplina de Tic na pós-graduação de Ensino Especial, apercebi-me do “mundo” de tecnologias existentes para facilitar o processo de inclusão de crianças e jovens com deficiência, principalmente aqueles considerados mais "difíceis", os deficientes múltiplos, autistas, surdos e com enfermidades graves. Para tanto é necessário a demolição e transposição de algumas barreiras e processos invisíveis que favorecem a ignorância, o preconceito, a segregação e o isolamento destes deficientes.

Todos sabemos que estas crianças têm direito a uma Educação, que respeite as suas singularidades e particularidades, e não apenas discursos e leis desajustados à realidade.

Para  uma possível inclusão de crianças consideradas "casos difíceis", além de um aperfeiçoamento da capacidade dos professores e das escolas, poderíamos iniciar a difusão de recursos tecnológicos que os profissionais da educação e todo pessoal implicado nesta busca da educação com qualidade podem utilizar. Mencionarei apenas alguns dos mais importantes:

  • Computadores (conectados à Internet)
  • Sintetizadores de Fala
  • Impressoras Braille
  • Teclados ampliados e adaptados (com colmeias/ protector de teclado)
  • Mouses adaptados ou modificados
  • Sinalizadores de tela
  • Dicionários de gestos e LIBRAS
  • Aplicativos (editores de desenho e de texto ou desenho)
  • Telas sensíveis ao toque
  • Comutadores ou Switch (ou botões sensíveis ao toque)
  • Apontadores de cabeça (capacetes com ponteiros para tela)
  • Softwares de comunicação
  • LM Brain e IMAGO ANA VOX (programas de auxílio à comunicação de pessoas com deficiência motora grave, criados na UNICAMP e USP)
  • DOSVOX (Programa na UFRJ desenvolvido para leitura e edição de textos)
  • Virtual Vision (leitor de telas para deficientes visuais)
  • Via Voice (programa da IBM que permite controlar e ter acesso ao computador com a voz)

Testemunho

Ronaldo Correia Jr.,  autor e autodidata do site Dedos dos Pés, já afirmou: "a Internet é o único espaço em que a minha normalidade é evidente. Lá eu posso ser eu mesmo, independentemente do que meu corpo é capaz de fazer. Ter acesso ao mundo todo pela tela do computador melhorou muitíssimo a minha qualidade de vida...". Este homem com Paralisia Cerebral, quadriplegia com espasticidade, se comunica com todos dentro da Internet, digitando com os dedos dos pés, e vem "estudando" diversas matérias, como Economia, tornando-se um dos mais respeitados webmasters com deficiência. Ronaldo não pode concluir o chamado segundo grau, não viram nele, um deficiente físico "grave", sem sua prancha de comunicação de madeira, com o alfabeto escrito como no filme GABY (Um História Verdadeira), que lhe inspirou usar os pés para esta forma alternativa de conexão e linguagem não-verbal, as possibilidades mas sim as suas limitações físicas. Conheça-o acessando seu site em: www.truenet.com.br/ronaldo .

O meu grupo de trabalho, pensando nestas crianças está a elaborar um software que facilite a comunicação dentro de uma sala de aula, para que estes sintam “parte integrante da mesma”.

Que irei publicar aqui neste blogue brevemente.

Programa Makaton: SAAC

Frequentei uma disciplina na pós-graduação de Comunicação Aumentativa e Alternativa, onde aprendi o que era Um SAAC (Sistema Aumentativo e Alternativo de Comunicação), que consiste num conjunto integrado de componentes, incluindo símbolos, métodos e estratégias, que são usados para promover a comunicação total de um determinado individuo.

Comunicação Aumentativa, deverá ser entendida como comunicação de apoio ou ajuda, com existência da fala.

Comunicação Alternativa, corresponde a qualquer forma de comunicação diferente da fala, utilizado por uma pessoa em contexto de comunicação face face.

Seria óptimo que todas as crianças aprendessem e fossem capazes de falar,mas para algumas a aprendizagem da fala, poderá ser um problema. Está provado que o MAKATON utilizado durante um período de tempo, poderá ajudá-las.

O MAKATON utiliza a fala e os gestos, a expressão facial, o contacto
ocular e a linguagem corporal. É um Programa de Linguagem que tem por base uma lista selectiva de palavras relacionadas com as vivências do dia-adia, (exemplo de palavras: pai, mãe, comer, dormir, pão, entre outras).
O MAKATON utiliza a fala simultaneamente com gestos e/ou símbolos.

O que “Pensa” um Autista"

Atma:
Sinclair.


“Eu construí uma ponte
Além de nenhum lugar, através do nada
E queria que existisse algo no outro lado.


Eu construí uma ponte
Além da neblina, através da escuridão
E desejei que estivesse luz no outro lado.


Eu construí uma ponte
Além do desespero, através da desconsideração
E sabia que poderia ter esperança no outro lado.

Eu construí uma ponte
Além da falta de ajuda, através do caos
E acreditei que poderia existir força do outro lado.


Eu construí uma ponte
Além do inferno, através do terror
E era uma boa, forte e bonita ponte.


E era uma ponte que eu construí
Com apenas minhas mão por ferramentas
Minha obstinação como suporte
Minha fé como medida e meu sangue como pregos.


Eu construí uma ponte
E a atravessei, mas não havia ninguém
Para me encontrar do outro lado”.

 

Testemunho
“Ser autista não significa não ser humano. Significa ser estranho. Significa que o que é normal para outras pessoas não é normal para mim, e o que é normal para mim não é normal para outros. De alguma forma eu estou terrivelmente mal equipado para sobreviver neste mundo, como um extra-terrestre abandonado sem um manual de instruções.
Meu corpo é perfeito. Minha personalidade não está afectada. Sinto grande valor e significado na vida e não anseio em ser diferente do que sou.
Concedam-me a dignidade de me encontrar segundo meus próprios termos, reconheçam que somos diferentes e que o meu modo de ser não é apenas uma versão defeituosa do de vocês. Reavaliem suas posições. Definam seus termos. Trabalhem comigo na construção de pontes entre nós”.

Estudo de Caso Autismo

 

Dia 02 de Abril é Dia Mundial do Autismo. Cada vez mais é importante aprendermos mais sobre esta doença que é uma desordem neurológica que afecta de forma global o desenvolvimento da comunicação, comportamento e relacionamento com outras pessoas e cujos sintomas surgem a partir dos 3 anos de idade.

Os mais jovens podem demonstrar pouco ou nenhum interesse pelo criação de amizades, enquanto os mais velhos podem ter interesse por amizades, mas não compreendem as convenções da interacção social..

Na minha opinião a ciência ainda tem grandes dificuldades em conseguir encontrar as causas que determinam os múltiplos comportamento das crianças autistas. Penso que se deve respeitar a sua individualidade e mediante as circunstancias vividas, tentar ajudar, como sempre na esfera do amor, a evoluir dentro dos parâmetros normais, tentando encontrar soluções para que um comportamento aparentemente desenquadrado em termos sociais e  em termos da vida, possa ser o mais possível reenquadrando.

 

sábado, 15 de maio de 2010

Dislexia

Temos o direito de ser igual, sempre que a diferença nos inferioriza. Temos o direito de ser diferentes, sempre que a igualdade nos descaracteriza ” (Santos, 1996).

Etimologicamente, a palavra “Dislexia” é composta pelos radicais “dis”, que se refere a uma ideia de difícil e “lexia”, que significa palavra. No seu sentido literal, o termo refere-se, portanto, a dificuldades na aprendizagem da palavra (Montenegro, 1974). Nos anos 70, a Dislexia era considerada uma doença social grave, que afectava um elevado número de alunos, considerados “pacientes”, como podemos constatar através das palavras de Montenegro (1974). “As percentagens de escolares afectados pela Dislexia e pela disortografia são verdadeiramente notórias.

Nos dias de hoje, as dificuldades de leitura e escrita continuam a constituir um dos principais obstáculos que surgem ao longo da escolarização, na medida em que, além da dificuldade na aquisição da leitura ou escrita em si, causam dificuldades em outras áreas de aprendizagem, condicionando todo o percurso escolar do aluno. As dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita podem ser consideradas como dificuldades que se manifestam na aquisição de competências básicas, sobretudo na fase de descodificação, as quais se mantêm posteriormente na fase de compreensão e interpretação de textos (Rebelo, 1993).

Os problemas específicos de aprendizagem da leitura e escrita situam-se, segundo o autor, ao nível cognitivo e neurológico não existindo para os mesmos, explicação evidente. Este défice era associado, inicialmente, a uma perturbação neurológica provocada por um traumatismo adquirido, com afectação do cérebro. À medida que a investigação na área se desenvolveu, a etiologia da Dislexia tornou-se mais esclarecedora, nomeadamente no sentido em que se constatou que esta surgia em indivíduos com uma inteligência normal, sem problemas neurológicos ou físicos evidentes.

Actualmente o decreto de lei 3/2008, artigo 4 – (pontos 1 a 4) parece excluir a maioria dos alunos com NEE permanentes, como acontece com a dislexia

Correia (2008), refere que esta lei, “vai aumentar o número de crianças frustradas, tensas e ansiosas”.Irão ser crianças com o futuro hipotecado e caracterizado por um percurso de abandono escolar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Todos Diferentes, Todos Iguais

Após a visualização deste vídeo a meu ver, é fundamental conhecer a diversidade de sentimentos e emoções que são sentidas pelas crianças.Considero que Educação Especial tem por objectivos a Inclusão Educativa e Social, o acesso ao sucesso educativo, a autonomia, a estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade de oportunidades e a preparação para o prosseguimento de estudos ou para uma adequada preparação para a vida pós -escolar ou profissional.
Como futuro Professor do Ensino Especial, penso que as minhas funções são mais latas do que as de um professor do ensino regular.

Antes de mais, devo tomar conhecimento de todo o processo educacional da criança, a fim de poder dirigir o meu campo de acção para determinadas actividades (áreas curriculares especiais). Isto implica uma observação cuidadosa de cada um dos alunos e, em função dos resultados obtidos, fazer a respectiva intervenção da acção de educativa. Na maioria dos casos, não acompanham o currículo normal, precisando de se fazer adaptações, utilizar outros instrumentos e meios compensatórios face às dificuldades/incapacidades detectadas, suportando-se na diferenciação pedagógica.